13 abril 2009

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COISAS DA VIDA...

"Tudo o que morre fica vivo na lembrança.
Como é difícil viver carregando um cemitério na cabeça".

Letra forte do grupo Biquíni Cavadão e muito propícia para o meu atual momento, pois, literalmente, ando carregando um cemitério na cabeça.
Na última sexta feira, 10 de abril, sepultei meu irmão Antonio, que igual minha irmã Sueli (1997), minha mãe Celina (1998), meu pai Carlos (1998), morreu de infarto fulminante.
Essas perdas me fazem acreditar que realmente existe algo maior do que eu neste mundo, e que este algo me sustenta, me dá forças e mantém de pé. Chame como quiser, pois eu chamo este algo de meu Deus.
Em homenagem ao meu irmão Antonio Carlos,

Grito

No infinitesimal lamento interior,
Eclodia o meu silêncio vazio,
Rompido apenas pelo tilintar
De lágrimas que caíam das faces,
No vácuo daquele corpo inerte,
Na matéria física enrijecida.
Contemplei o rosto sereno
De quem dormiu o merecido sono,
E vendo a tua forma sem vida,
senti-me abandonada sem o pulsar
das tuas veias,
sem o brilho do teu olhar,
sem o riso da tua voz.
Catarina Poeta (Márcia Oliveira)
Obrigada a todos os amigos e familiares pelas palavras e pelos abraços de conforto.