29 abril 2010

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LACUNA

Um rosa vermelha sobre a mesa,uma gota de sangue na veia,
uma pulsação no coração,
uma boca sem o beijo com batom,
num canto qualquer abraçado a solidão,
num tempo perdido sem uma paixão.


Catarina Poeta

25 abril 2010

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CHUVA

Na chuva contemplo,
as gotas caindo
nas horas do tempo...
um desalento.
No rosto a trilha,
nas lágrimas a dor...
a falta de um amor.
No olhar marejado,
o vazio silenciado
nas mãos entrelaçadas...
A união rompida pelo tempo.
Nas nuvens cinzas,
a saudade perdida
na terra molhada...
Instantes que
não voltam mais.

Catarina Poeta

22 abril 2010

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TOQUE

Apesar do teu silêncio,
o pulso ainda pulsa...

Catarina Poeta

19 abril 2010

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CENTELHA

Sou... porque penso.Penso..., por que te amo?
Te amo, porque existo!

Catarina Poeta


18 abril 2010

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LAÇOS

Preciso de um amor
que me faça um canto,
que me abrace forte,
que sorria com o meu riso.
Preciso de um amor
que leia meus poemas,
que reviva nas entrelinhas
cada palavra,
que se apaixone por meu olhar.
Preciso de um amor
que corra ao meu lado,
que trilhe meus caminhos,
que descubra meus segredos
e que me conte os seus.
Preciso de um amor
que sonhe ao meu lado,
que construa
um mundo comigo,
que compartilhe seus medos
com os meus.
Preciso de um amor
que compreenda esta
necessidade que sinto
de partilhar meus sentimentos,
de dividir meus momentos.
Preciso de um amor
que saiba ouvir o meu silêncio.


Catarina Poeta

15 abril 2010

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PÁGINA

Te perdi nas entrelinhas,
na pontuação mal colocada,
na palavra mal dita,
no gesto feito na hora errada,
no silêncio quando deveria ter falado,
na fala quando deveria ter calado,
nos passos que deixei de dar,
no aceno que não deveria ter dado.


Catarina Poeta

13 abril 2010

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PRISÃO

Garras me aprisionam
num vácuo sem luz...
Sinto-me perdida
num profundo sentimento
de abondono,
de longínqua absorção
cuja tensão me corrói inteira.
Não sinto meus pés...
Meu corpo emudece
sem estímulo,
meus neurônios transmitem
uma onda louca de comunicações
que transitam por lembranças,
por desejos,
por esferas de dor.
Numa solidão permanente,
sinto um vazio,
um dilacerar de nós
perdidos no tempo.


Catarina Poeta


"Ser poeta às vezes é muito difícil... há um turbilhão de emoções que invadem teus sentidos e que necessitam transpirar em palavras nem sempre muito fáceis de serem expressadas.
Mas... eu não seria feliz de outra forma!"

11 abril 2010

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ALCANCE

Não quero amá-lo aos poucosem tangentes encontros,
pois, entre nós, não há nós,
só momentos e poesia
com sonoridade nos beijos
e metáforas ditas ao pé do ouvido.
Não sigo as horas que passo
longe da tua presença,
perco-me no tempo
do último abraço,
revivo a memória olfativa
do teu cheiro
e aqueço meus neurônios com a
lembrança do calor do teu corpo,
até sublimar tua existência em mim.


Catarina Poeta

10 abril 2010

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VAZIO

Causou dano,
o silêncio,
a frivolidade do vazio,
o amanhecer sem um abraço,
os lábios secos sem saliva,
o frio da pele sem o calor das mãos,
a ausência da respiração nos ouvidos,
a distância do tempo sem hora para a volta,
a paixão corrompida por laços externos,
a angústia de um amor repentino.

Catarina Poeta

09 abril 2010

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CENTELHA

Ao que me inspira
lanço-me inteira...
Existe cânions entre nós,
mas minhas mãos te alcançam
porque meus olhos
te querem por perto,
e o meu coração
quer te abrigar.


Catarina Poeta

06 abril 2010

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CHAMA

Se foges do tempo
que te aproxima do amor,
perdes o melhor calor
da paixão momentânea,
que o próprio tempo apaga.


Catarina Poeta
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FUSÃO

Teu corpo,teu cheiro,
teu rosto,
teu riso,
teu gosto,
teu sabor,
tudo em mim...
Amor.

Catarina Poeta

03 abril 2010

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DETALHES

Ser a alma núbil das flores,o orvalho fluído da madrugada,
o primeiro raio de sol do dia.
Ser a melodia no canto do passarinho,
o despertar da criança no seio materno,
a voz do jornaleiro no portão da casa.
Ser o aroma do alimento preparado,
a doçura do vinho posto à mesa,
a satisfação de partilhar o pão.
Ser o sol deitando no horizonte,
o brilho da primeira estrela no céu,
o calor da cama na noite fria.


Catarina Poeta