28 junho 2008

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CAMINHADA

Ontem, um amigo olhou para mim e perguntou: - Por que você está triste? Eu, sinceramente, lhe respondi que não estava triste; só estava cansada. É verdade! Há dias em que estamos cansados. E o cansaço, às vezes, toma a forma de uma imensa tristeza. Mas, já passou! Quem tem alma de poeta, sofre de momentos que vem e que vão, com certa melancolia, talvez carregados de impressões do dia e da noite que catamos por onde passamos e vamos acumulando em forma de sentimentos. Então, carregados e também sobrecarregados de tais emoções escrevemos, ou sentimos em nós mesmos tudo isto e então, quando não há tempo suficiente para reciclarmos todas as sensações, cansamos. Como se fosse um tipo de êxtase ao inverso. É... é isso! Um tipo de gozo ao inverso (risos!!!). Mas, eu amo ser assim! Pois, me aproxima de tanta gente especial. Pessoas incríveis, que chegam até aqui porque sentem, vibram, amam, sonham, existem. Pessoas que, assim como eu, às vezes também se sentem cansadas. Mas, apesar disso, continuam caminhando. E, nos encontramos no caminho...

26 junho 2008

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DESCANSO

No meu silêncio,
a tua face,
é o meu repouso...
a tua lembrança,
a minha paz!
Lanço no tempo
o meu riso de luz,
para que te alcance,
centelhas do meu
amor infinito
Catarina Poeta

25 junho 2008

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CENTELHA

Ao que me inspira,lanço-me inteira...
Penetro em teu olhar,
porque nele encontro
minha essência verdadeira

Catarina Poeta

23 junho 2008

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SER FELIZ

“Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito.” Começo este ensaio com esta frase de minha escritora predileta – Clarice Lispector, pois igual estou me consumindo na busca deste objetivo. Não entendo a pessoa que perde tempo cultivando um cadinho de angústia do passado e fica remoendo um sentimento mal resolvido, um relacionamento inacabado e vive assombrada com a imagem do desafeto, deixando de abrir-se para a amplitude do presente, deixando de viver cada partícula nova de emoção, cada brilho de olhar, cada sonoridade de riso que desponta da pessoa que está ao seu lado. É tão intenso permitir-se, apaixonar-se, libertar-se, correr riscos... Liberdade é correr riscos! Como disse Clarice, liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome. É muito mais que isso... é viver intensamente! É viver cada dia como se fosse o único e da melhor maneira possível, com amor e total pulsação de energia. É olhar para o outro e enxergá-lo; é estar em meio à natureza e respeitá-la; é ingerir o alimento e saber saboreá-lo; é tocar as mãos de alguém e sentí-la de verdade. E, parafraseando minha íntima amiga de escrita, a Clarice, sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania. Depende de quando e como você me vê passar. E, quando eu passar por você, me abrace forte, me olhe nos olhos, me dê as mãos, me diga uma palavra bonita.... pois, eu não tenho tempo pra mais nada. Ser feliz me consome muito!

Catarina Poeta

17 junho 2008

POEMA INCIDENTAL...

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Tempo

Vou me salvar, enquanto há tempo...
do teu olhar, do teu riso resvalado,
desse beijo que embriaga minh'alma
e do abraço que me envolve toda.

Vou me salvar, enquanto há tempo...
da ternura do teu olhar adocicado,
do silvar da tua voz que me acalma,
e das carícias que minha pele faz estremecer.

Vou me salvar, enquanto há tempo...
da saudade do teu cheiro pelo dia,
da angústia de não ter-te por longas horas
e do silêncio dos anos que nos separam.

Catarina Poeta

09 junho 2008

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RUPTURA

A tua indecisão
gerou um hiato,
um fragmento,
um descompasso,
um cadinho de nada
no canto do sentimento,
ao recordar do momento
em que você estava em mim.
No vazio desta palavra rasgada
no papel embriagado,
meus dedos correm
em versos soltos,
seguindo as pegadas
de um jovem
maduro amor
Catarina Poeta

05 junho 2008

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CENTELHA

Ao que me inspira,
Lanço-me inteira...
Abro as asas rumo
ao espaço infinito
e alço vôo,
igual pluma derradeira

Catarina Poeta