29 junho 2010

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REALEJO

Para me ter,
basta me amar,
me olhar atentamente,
lembrar de mim vez em quando,
falar comigo diariamente.
Não precisa ter encantos,
nem tampouco o mundo inteiro,
para me ter ao teu ladinho,
basta doar-se ao sentimento.
É tão simples e tão intenso,
que não precisa escrever versos,
nem compor a música perfeita,
basta abraçar-me com amor,
para me ter a vida inteira.

 
Catarina Poeta

27 junho 2010

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ANOITECER

Padeço de uma solidão
que se fixa na ausência
do teu olhar,
na falta da musicalidade
do teu riso,
quando não sinto
o sabor da tua boca
e o calor dos teus carinhos.
Assim, sem a cálida
imagem do teu rosto,
penso o quanto o amo em silêncio
e o quanto sofro,
 por não abraçá-lo
ao entardecer.

 
Catarina Poeta

26 junho 2010

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BEIJA-FLOR

É poesia
beijar a flor,
Oh, beija-flor!
Com tal leveza,
e doce suavidade,
parando no ar,
com teu bico a beijar
a linda flor,
Oh beija-flor!
Que prazer contemplar
o teu vôo veloz
e a flor a beijar,
inspirando-me amor,
oh beija-flor!

Catarina Poeta

25 junho 2010

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ESTAMPA

Há um hiato na tua forma de amar,
um distanciamento profundo,
uma incerteza permanente.
Há um silêncio que grita muito alto,
um eco constante no pensamento,
perguntando para onde vai tal sentimento.
Há um desejo incontido entre os lábios,
uma paixão formatada nas entrelinhas,
um pigmento de cor no brilho do olhar.
Há um calor perdido no abraço não dado,
um beijo intenso na fotografia esquecida,
uma doce palavra na frase emoldurada.
Há um adeus não dito e não vivido,
um final inesquecível sem um começo,
uma saudade perdida no esquecimento.

Catarina Poeta

21 junho 2010

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CAMINHO

Sou tua fuga repentina,
o silêncio em teu pensamento,
sou o teu momento de delírio.
Sou as tuas asas abertas,
o teu vôo razante,
sou o teu salto para o alto.
Sou o teu mergulho no oceano,
a imensidão azul que te liberta,
sou o teu caminho sem volta,
a tua hora deserta.
Sou o teu segundo de indecisão,
a tua utópica certeza,
sou a palavra que te engana,
a tua mentira verdadeira.

Catarina Poeta

04 junho 2010

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PONTO


Saudade...
do tempo,
do vento,
do calor,
do amor...
antes que
esta hora
acabe,
vou morrer
de saudade!

Catarina Poeta

03 junho 2010

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ORBIS


Neste momento,
na singularidade do instante,
busco orbes sentimentais,
atônita com a sutileza
energética que envolve
as pálpebras,
as pupilas dilatadas,
o assombramento
da visão transcendental,
que amálgama
o teu olhar no meu.

Catarina Poeta