16 dezembro 2012

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30 novembro 2012

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SINAPSES

Pensamentos...
Pesados,
Inflados,
Estacionados num momento,
Num túnel do tempo,
Num vácuo em fragmentos,
Em olhares tensos,
Em gestos vazios,
Em corpos densos,
Pensamentos...
Em beijos supremos.

Catarina Poeta

21 novembro 2012

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PARALELAS

Em cada partida,
em cada chegada,
um pouquinho de tudo acaba.
Uma estrela se apaga,
um calor se dissipa,
um olhar se perde,
uma voz se cala,
um beijo não é dado,
um abraço não é sentido,
um sorriso não acontece,
uma lágrima corre,
uma saudade começa,
uma lembrança se perde,
um amor não suporta,
um adeus se vai.

Catarina Poeta
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APOCALIPSE

O vulcão silenciou na estância oculta,
onde flamejava um coração apaixonado.
Na palidez de uma manhã desnuda,
nevou num tempo, em que o calor havia cessado.
Um sussurro ecoou nos quatro cantos,
estremecendo um ser triste, arrebatado.
Petrificado sem emoção e sem alegria,
caiu por terra com seu corpo maltratado.
Naquele instante veio um lapso de luz,
a memória de um amor tão esperado.
No vazio daquele instante verdadeiro,
cerrou os olhos para um sonho inacabado.

Catarina Poeta

20 novembro 2012

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TUDO

Sentir um desânimo,
uma gastura adentro,
um impulso ao contrário,
uma gana de não existir.
Sentir uma fonte de água ressequida,
uma ausência de senso, 
uma sombra caída,
um zumbido dissipado num mergulho no ar.
Sentir um vazio acompanhado,
uma hora inacabada,
uma mão abandonada,
um coração extirpado...
Sentir o nada.

Catarina Poeta

11 setembro 2012

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ESSÊNCIA

Ser poeta, é sempre sentir saudade,
é sofrer, mesmo quando se está feliz,
é amar, ainda que não correspondido;
É sonhar em tempos de insônia,
é enxugar uma lágrima caída,
é sorrir para quem não o vê;
É despertar no crepúsculo da noite,
é adormecer no alvorecer do dia,
é apaixonar-se por um olhar tardio;
É querer, ainda que não tenha força,
É vencer o frívolo desejo, 
é conquistar a dor que o consome;
É apaixonar-se sem medida, tempo ou medo,
é recitar a vida em doces versos,
é eternizar o amor em páginas brancas.

Catarina Poeta

20 agosto 2012

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PULSAR

Pulsa coração,
bombeia amor,
deixa fluir,
dissipar pelos poros,
evaporar no horizonte.
Pulsa coração,
recicla a dor,
deixa transformar,
renascer num suspiro de saudade.
Pulsa coração,
segue em frente,
seja valente,
deixa viver tua emoção.
Pulsa...
Pulsa.

Catarina Poeta

14 agosto 2012

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MINUTO

O poço.
No fundo, o espelho 
que reflete um rosto.
A expressão do medo
no desenho mutilado 
de um riso perdido no tempo.
Há dor...
Saber do sentimento
não deflagrado
do olhar que tremula na água.
No silencioso som da lágrima caída,
mergulha a imagem no reflexo partido.
O fim da noite de um grito emudecido.

Catarina Poeta


26 junho 2012

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FRAGMENTOS

Um cristal quebrou,
espalhando-se em fragmentos de dor.
Não há mais som,
Não há mais brilho,
Não há mais cor.
Sem seu reflexo, tudo acabou.

Catarina Poeta

14 junho 2012

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Quanto mais eu sonho, mais real eu me torno.

Catarina Poeta

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16 março 2012

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RECOMEÇO

Penso nas horas profundas de abatimento,
no mergulho intenso no nada,
no escuro que havia na luz do olhar,
no silêncio da voz emudecida.
Penso nos instantes em que buscava alguma coisa,
no momento incessante da procura, perdida,
no encontro vazio do que não mais tinha.
Penso na distância daquele tempo,
o quanto consumia os meus anos
nos capítulos perdidos.
Penso na conquista do sol que me irradia,
na intensidade do calor que aquece minha alegria,
no mar azul que me faz sorrir.
Então, percebo que a dor sofrida naqueles derradeiros dias,
que o possível perecer que acreditei ser meu fim,
foi o começo de um abastado tempo,
onde o sonhar é a realidade de uma nova vida.
Penso na paixão que agora sinto,
por querer amar alguém igual quisera ser,
na verdade única de querer viver.

Catarina Poeta

08 março 2012

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FLOR

Ainda que tenhamos que chorar,
nossos olhos choram com ternura.
Nossos risos entoam melodias,
nossas mãos acariciam o mundo.
Semeamos o amor,
perfumamos as paixões,
  criamos a vida.
Somos mulheres!
Somos a mais linda pintura,
que o artista sonhou.

 Feliz Dia da Mulher!

 Catarina Poeta

03 fevereiro 2012

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TEMPO

Até chorar,
consome o pranto,
nas horas trucidadas por lamentos.
O tempo, cuja angústia suprime o canto,
da vida que passa rápida nos pensamentos.
Ao vento, lançar o olhar distante,
o brado, num grito sucumbido no silêncio.
O amor, que morreu sem despertar o afago,
de  um jovem coração, que não venceu o tempo.

Catarina Poeta

26 janeiro 2012

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OSCILAÇÃO


Há um riso que não ouço,
uma alegria que não vivo,
um olhar que não alcanço,
um abraço que não sinto.
Há um tempo que não tenho,
uma história que não ouvi,
um sonho regado com pranto,
um silêncio em meio ao canto.
Há um anoitecer perdido,
uma hora intensa na partida,
um sentimento que não me pertence,
um amor oculto que nascerá um dia.


Catarina Poeta