28 agosto 2008

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O SOL EM MINHA VIDA

Estava olhando o mar na praia de Canasvieiras, num fim de tarde ensolarado deste inverno totalmente atípico. O sol deitando no horizonte despedindo-se do dia, pareceu-me sonoro e cheguei mesmo a ouvir uma música suave no meu ato contemplativo.
As ondas iam e vinham beijando a areia e as gaivotas planavam sobre as águas espelhando-se no mar azul. Naquele instante, veio em minha mente a grandeza de todo aquele quadro e um forte sentimento de gratidão por eu poder estar ali naquele exato momento, vislumbrando tamanho espetáculo da natureza. E eu sei, que se for novamente num outro dia, o espetáculo se repetirá, mas não será o mesmo, pois a água não corre duas vezes no mesmo lugar.
Hoje, transportei esta vivência para minha vida.
Quero que a cada dia eu possa fazer um novo recomeço, um novo pôr-do-sol, uma nova caminhada. Quero olhar para trás e lembrar com carinho de tudo o que vivi e olhar para frente com a certeza de que serei capaz de possibilitar um mar de oportunidades em termos de relacionamentos, conquistas profissionais e tudo o mais que possa servir para o meu amadurecimento e aperfeiçoamento pessoal.
E, espero sinceramente, um dia encontrá-lo na praia para observar junto comigo, o sol deitando no mar...

Catarina poeta

23 agosto 2008

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CENTELHA

Ao que me inspira,lanço-me inteira...
Mergulho no teu abraço
e saio de mim
para reencontrar
o crepúsculo que
me embriaga de luz

Catarina Poeta

20 agosto 2008

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CASINHA DE SAPÊ

As estações passam... Quando penso nisso, surgem várias imagens em minha mente. Imagens de pessoas, animais, flores, objetos, livros... Ah, os livros! Meus fiéis e ternos companheiros... Estas imagens me fazem refletir sobre o sentido das coisas, dos acontecimentos e daí surgem perguntas inevitáveis, do tipo: por que corremos tanto? Ou, por que queremos sempre mais? Ou, ainda, por que continuamos em busca do amor ideal, da pessoa ideal, do trabalho ideal, do sonho ideal?
Esta inconstância de satisfação ou de insatisfação, tornam as pessoas seres incompletos.
Como diz naquela canção do Christyan e Ralf:

Jogue tuas mãos para o céu
E agradeça se acaso tiver
Alguém que você gostaria que
Estivesse sempre com você
Na rua, na chuva, na fazenda
Ou numa casinha de sapê

Que bom se a ótica fosse esta, de contentar-se com o que se tem. Eis uma boa reflexão!
Eu mesma vou refletir sobre as minhas conquistas até aqui, procurando ser feliz da melhor maneira possível. Seja na rua, na chuva.... ou onde for. Afinal, estou aqui!
Nota: A composição da música "Na chuva, na rua, na fazenda" é de Hyldon e foi gravada em diferentes versões, ficando mais conhecida nas vozes do Christian & Ralf (versão que prefiro) e Kid Abelha.

Catarina Poeta

12 agosto 2008

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AUSÊNCIA

No instante em que te busco,
rebusco pensamentos,
arrumo sentimentos,
ancoro-me no meu refúgio.
Fujo de coisas que revivo,
encontro-me em desejos
que ainda quero ter.
Alterno fugazes sombras
que retomam teus instantes...
Somente tua ausência física
me transporta ao vazio
Catarina Poeta

01 agosto 2008

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CAPÍTULO
Te empresto minha história,
meus capítulos,
minhas pautas,
meus discursos,
minhas falas...
Te empresto meus caminhos,
minhas trilhas,
minhas experiências,
meus acertos,
meus erros,
meus percalsos,
meus desencantos,
minhas desilusões...
Te empresto minhas fugas
mais tranqüilas,
e, também, as intempestivas,
meus gritos de dor se suportares,
meus olhares,
minhas insinuações,
minhas dúvidas,
minhas crenças...
Te empresto meu coração,
meu corpo inteiro,
minha lucidez,
meu despertar,
meu adormecer...
Em troca, só te peço uma coisa:
Que não percas o olhar
que um dia olhou o meu.

Catarina Poeta