13 abril 2010

PRISÃO

Garras me aprisionam
num vácuo sem luz...
Sinto-me perdida
num profundo sentimento
de abondono,
de longínqua absorção
cuja tensão me corrói inteira.
Não sinto meus pés...
Meu corpo emudece
sem estímulo,
meus neurônios transmitem
uma onda louca de comunicações
que transitam por lembranças,
por desejos,
por esferas de dor.
Numa solidão permanente,
sinto um vazio,
um dilacerar de nós
perdidos no tempo.


Catarina Poeta


"Ser poeta às vezes é muito difícil... há um turbilhão de emoções que invadem teus sentidos e que necessitam transpirar em palavras nem sempre muito fáceis de serem expressadas.
Mas... eu não seria feliz de outra forma!"

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