01 agosto 2008


CAPÍTULO
Te empresto minha história,
meus capítulos,
minhas pautas,
meus discursos,
minhas falas...
Te empresto meus caminhos,
minhas trilhas,
minhas experiências,
meus acertos,
meus erros,
meus percalsos,
meus desencantos,
minhas desilusões...
Te empresto minhas fugas
mais tranqüilas,
e, também, as intempestivas,
meus gritos de dor se suportares,
meus olhares,
minhas insinuações,
minhas dúvidas,
minhas crenças...
Te empresto meu coração,
meu corpo inteiro,
minha lucidez,
meu despertar,
meu adormecer...
Em troca, só te peço uma coisa:
Que não percas o olhar
que um dia olhou o meu.

Catarina Poeta



6 comentários:

Dois Rios disse...

Lindo Catarina!

É pelo olhar que exalam os sentidos. É pelo silêncio do olhar que se ouve o que as palavras não alcançam. O olhar é a janela da alma.

Beijos,

Heduardo Kiesse disse...

Empresta-me um sonho... Tenho um texto mais ou menos assim.

Amei teu blog e tuas palavras! Beijo

Teste Sniqper disse...

Aqui nasceu o Espaço que irá agitar as águas da Passividade Portuguesa...

railer disse...

é certo que o olha traduz muitas coisas, são palavras ditas num silêncio.

O Profeta disse...

Ai quem me dera agitar o tempo
Atirar a mágoa à voragem da noite
Arrancar as raízes ao pensamento
Sentir a paz que uma lagoa acolhe


Boa férias


Mágico beijo

Lerivan Ribeiro disse...

Lindo poema...bjus

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