20 novembro 2012


TUDO

Sentir um desânimo,
uma gastura adentro,
um impulso ao contrário,
uma gana de não existir.
Sentir uma fonte de água ressequida,
uma ausência de senso, 
uma sombra caída,
um zumbido dissipado num mergulho no ar.
Sentir um vazio acompanhado,
uma hora inacabada,
uma mão abandonada,
um coração extirpado...
Sentir o nada.

Catarina Poeta

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