21 novembro 2012



APOCALIPSE

O vulcão silenciou na estância oculta,
onde flamejava um coração apaixonado.
Na palidez de uma manhã desnuda,
nevou num tempo, em que o calor havia cessado.
Um sussurro ecoou nos quatro cantos,
estremecendo um ser triste, arrebatado.
Petrificado sem emoção e sem alegria,
caiu por terra com seu corpo maltratado.
Naquele instante veio um lapso de luz,
a memória de um amor tão esperado.
No vazio daquele instante verdadeiro,
cerrou os olhos para um sonho inacabado.

Catarina Poeta

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